CLAIRE
Quando a conheci, tinha apenas três meses, era um filhote. Correu para mim, pediu carinho. Levei a mão e cocei a pele rosa de sua barriga, estava deitada de costas com as pernas para o ar. Levantou, latiu, pulou e saltou querendo brincar. Quis coçar sua cabeça, mordeu minha mão para coçar os dentes, correu em círculo latindo feliz. Ela me escolheu. Levei-a para casa, foi amor a primeira vista.
Claire, clarinha, clarividente. Dengosa como ela só.
Jurema cuidava de minha casa, cuidou dela também. Deu-lhe comida, carinho, educação. No início, tinha por espaço a cozinha, a área, um quarto e um banheiro para transitar, todo forrado de jornal, conforme recomendações de Jurema. À noite abria-se a cancela para que ela transitasse por todo apartamento. Rápido aprendeu a fugir pela grade da cozinha. Roeu, móveis, dedos e mãos, sapatos, grade, pé de cadeira, bola e brinquedos. Aprendeu a hora de Jurema chegar. Ia esperá-la na porta. O mesmo fazia comigo. Quando eu chegava do trabalho, ela já estava esperando para brincar, receber carinho e atenção. Latia e ainda late até hoje de felicidade.
Claire é maltês, de puro sangue. Na ilha de Malta esta raça era criada nos castelos para trazer sorte. Claire me trouxe amor.
É uma dama.
Elisa querida: mais um lindo miniconto. Você emociona quando diz que Claire acolheu você. Eu, que te conheço, sei bem que voc~e está sempre de braços abertos a acolher com carinho a todos. parabéns. Rina Bogliolo Sirihal.
ResponderExcluirAdorei. bjos
ResponderExcluir